Férias….

Que delícia! Acredito que pela primeira vez, desde meus 6 anos, soube o que é “tirar” férias. Antes disso não sabia o que era ter esse tempo “á toa”, pois quando estava de férias da escola, estava treinando. Quando não estava mais estudando havia o trabalho e assim uma coisa puxava a outra e ali estava eu, cansada, querendo descansar mas ao mesmo tempo não queria ficar em casa…era difícil me agradar rs. Pois bem, na virada fiz um pedido com todas as minhas forças, queria tudo novo e acredito ter sido atendida rs e assim vieram minhas primeiras férias de TUDO, descanso total após muita tensão por estar vivendo intensamente novas experiências. Era uma contagem regressiva para enfim estar plenamente “à toa”, estar em casa, com minha família, ganhar colo, rever bons amigos e enfrentar longas e maravilhosas sessões de filmes e séries com roupas velhas, jogada na cama…ah e sem contar as comidas.

Os primeiros dias foram ótimos, era dormir, comer…comer e dormir, MARAVILHA. Depois cansei rs. Cansei de não ter uma rotina, de não ter obrigações, de não sair do portão de casa para fora e aí começaram os passeios. Bom demais rever amigos, dar boas risadas, colocar as fofocas em dia, relembrar velhos tempos, comer besteiras, beber alguns bons vinhos e licores….

Mas estava pensando no trabalho nos intervalos disto tudo. Louca?! É talvez, mas o próximo semestre estava próximo, competições, novos planejamentos, muitos pontos à acertar, muitos detalhes da minha vida pessoal à serem resolvidos e aí a ansiedade resolver dar sinal de vida. Bom, a ansiedade é o assunto do próximo post, mas ela afetou um pouco minhas férias. Mas, continuando…

Conheci alguém…uma pessoa que terei prazer em lembrá-la seja como for, como amigo, como pessoa, como for… Até então alguém que inspira confiança, sinceridade, que é alegre e contagia, alguém que faz a gente querer ter por perto. Alguém que possivelmente me fez ver que ainda existem pessoais legais por ai, alguém para se agradecer por ter o prazer em conhecer…e foi um prazer! Obrigada.

Voltando à família…quis fazer um passeio que relembrasse minha infância. Um passeio nostálgico ao bosque com meus pais e que conseguia ver flashes de quando ainda criança passeava por lá com eles. É estranho, mas minha cabeça funciona basicamente como um filme onde em certos momentos consigo voltar, ver alguns episódios e acompanhado disso vem sentimentos, de paz, aconchego, alegria e muito amor. Dá uma saudade gigante!!!

Um outro episódio muito engraçado foi o grande medo do meu pai me perder rs…Em uma quarta feira, enquanto ele resolveria algo no banco, aproveitei para dar uma volta no centro da cidade. Combinamos que em aproximadamente meia hora depois nos encontraríamos em frente ao banco e lá fui eu. Bom, eu ando devagar por conta da perna e fui entrando em uma loja aqui, outra ali e quando estava prestes à voltar para encontrá-lo, aproximadamente 35 minutos depois, fui olhar meu celular…o mesmo estava sem sinal e quando o reiniciei para ligar para meu pai vieram “mil” mensagens rsrs levei um susto. Eram mensagens de ligações perdidas do meu pai, da minha irmã, logo em seguida mensagens da minha irmã que meu pai estava desesperado atrás de mim…comecei à rir e liguei para ele. Resumindo, não havia passado mais que 40 minutos desde que nos separamos em frente ao banco mas como ele foi atendido rapidamente, saiu e não me encontrou e viu uma grande movimentação de carros de polícia rumo à direção em que havia ido, ele se desesperou. Fui ao encontro dele e foi uma risada só rsrsrs… ele não havia se atentado ao horário, me ligou e não atendi, viu policiais e quase “morreu” de preocupação e no fim, achei tão lindinho rs, no momento me vi como uma criança ou adolescente que ainda necessita de tanto cuidado e pude perceber quanta falta isso me faz no dia a dia, quando estou longe.

Os últimos dias uma sensação de “aperto” já começava à incomodar, queria voltar ao trabalho, mas também queria poder ficar ou melhor, queria poder ter tudo isso junto, trabalho, família, casa e muita “preocupação” e amor pra receber e poder dar. Vida adulta, queria poder escolher ficar na infância sem sentimentos que doem mas tudo bem, o importante é saber que o amor existe independente de tudo e que tenho sempre para onde voltar. Assim como na chegada, na partida é impossível evitar as lágrimas, assim como para eles, para mim a ficha ainda não caiu completamente que cresci, voei e estou experimentando ser dona da minha vida longe de casa….

Voltarei em breve mas a saudade existe sempre! Tudo tão intenso, confuso mas de alguma forma, estranhamente valioso e gostoso…viver, acho que esse é o sentido de tudo!

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