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A Vida em um Salto – Ginástica e Resiliência

Transforme cada queda em um novo passo de dança.

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Vida Nova – Part. 18

As consequências de nossas ações caem sobre nós na mesma intensidade com a qual as praticamos. Sei disso porque senti o peso de muitas, pois houve e sempre haverão momentos de erros cometidos por impulso, por falta de controle, por falta de sabedoria mas hoje, busco ponderar um pouco mais minhas atitudes, julgamentos e principalmente palavras, nem sempre consigo mas continuo tentando…

As dificuldades apertavam mais a cada dia, a distância, saudade, o financeiro mas eu tinha uma fé boa no peito, a usava para contornar a realidade, principalmente para que ela não chegasse aos meus pais. Mesmo sentindo que pudesse estar errada, que tudo proposto fosse por “água a baixo” e me arrependesse de acobertar o que de fato estava acontecendo e tivesse que por fim, juntar minhas coisas e voltar para casa com um sentimento tremendo de fracasso…nada seria pior do que ouvir deles que eu deveria voltar imediatamente para casa sem ao menos tentar (hoje sei que eles nunca teriam feito isso, a não ser que tudo tivesse atingido certos limites).

As promessas e planos, meses após meses não se cumpriam e nem se quer posicionamento positivo ou negativo recebia. Mantive distância de pessoas por receio ao que chegava aos meus ouvidos, o que com o tempo pude perceber somente que me isolou (não posso garantir que foi propositalmente, mas de fato assim aconteceu) me deixando alheia à devidos fatos que talvez interfeririam na forma de conduzir a situação. Mas de tudo, pude também colher bons frutos e encontrar o lado bom. Viajei conheci lugares e pessoas, fiz contatos e me aproximei ainda mais de outras o que engrandeceu ainda mais minha vida, tanto pessoal quanto profissional.

Com o tempo, tudo tomou proporções maiores….

 

 

Vida Nova – Part. 11

A ideia de dividir os passos da minha vida pós-acidente tem ido muito além do que só compartilhar. Tem sido uma forma de desabafar, de receber e transmitir força e carinho e principalmente de levar às pessoas a mensagem de que é possível sim superar, recomeçar e seguir em frente. O acidente em si, acabou e já está para completar 4 anos que renasci dele, mas o que ele tem trazido para minha vida não acabará nunca e por isso continuo a escrever.
Em alguns capítulos anteriores escrevi sobre desafios, oportunidades que ganhei e perdi, sobre obstáculos, medos, fatos que aconteceram, mas não entrei em detalhes porque nada havia se concretizado e por envolver tantas pessoas, não era o momento para descrever sobre. Mas estou pronta para começar a dividi-los… Para que seja possível entender o porquê de tanta angústia e desabafo, vou retomar o ano de 2015.
No fim de 2015, recebi uma proposta de trabalho para o ano de 2016 em um grande projeto de Ginástica Artística em uma cidade próxima a Ribeirão. Uma proposta que me daria excelentes condições de trabalho, estabilidade financeira e grandes oportunidades de crescimento profissional. Era tudo o que eu queria e não teria porque dar errado…Até saber dos médicos que me acompanhavam que teria que colocar a “gaiola” na perna, sendo a única opção que me traria bons resultados em minha recuperação e assim tive que coloca-la. No início do de 2016 a proposta se confirmou, porém, como estava operada não pude assumir, veio um momento muito difícil de compreender e aceitar. Mas então, ainda havia uma possibilidade, o tratamento com o ilizarov, com previsão de 1 ano e meio passou para 6 meses e ainda poderia haver a contratação para o ano seguinte, 2017.
Em setembro, no dia do aniversário da minha irmã, operei mais uma vez e estava livre daquele equipamento. Feliz e decidida, seguiria em frente e retomaria minha profissão. Entrei em contato com o pessoal que estava me aguardando e então a possibilidade ainda existia, só deveria esperar o início do ano. Ainda estava ligada à equipe de Ribeirão, mas em Outubro uma outra notícia me pegou de surpresa de forma dolorosa e tive de tomar uma difícil decisão que fez com que me desligasse da mesma, era hora então de fechar aquele ciclo, que no momento não soube compreender a situação e me magoei muito, mas pelo menos havia aquela outra oportunidade para seguir a diante. Já comecei a planejar tudo, pois quem me conhece sabe o tamanho da minha ansiedade. Mudança, pesquisar casas, móveis… Enfim, tudo que iria precisar para recomeçar. Esperei Janeiro, um pouco de Fevereiro, e sem respostas acabei sabendo que este grande projeto estava por um fio e buscando informações, soube que devido alguns remanejamentos de cargos, minha contratação estava fora de cogitação. Mais uma vez vi meu mundo vir a baixo pela segunda vez em poucos meses.
Questionei, duvidei, tive medo, mas mesmo assim tive fé e pedi um sinal para que pudesse seguir em frente…

Um dia diferente

Essa semana recebi um convite especial do Jornal A Cidade para participar de uma reportagem para o dia das mulheres, mulheres que representam um pouco e tudo isso que nós mulheres somos. Fortes, guerreiras e determinadas. Cada uma com sua beleza pura e única.
Muito contente com o convite, e hoje foi dia de fotos, vídeo e entrevista. Ficou muito legal. E já aproveitei pra matar um pouquinho da saudade do meu trabalho e de algumas das nossas pequenas  (que já estão quase todas maiores que eu rs).
Assim que disponível eu postarei aqui p resultado desse trabalho que foi feito comigo mais 4 mulheres.

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